A Embrapa atua por intermédio de 38 Unidades de Pesquisa, três Serviços e 13 Unidades Administrativas, estando presente em quase todos os Estados da Federação, nos mais diferentes biomas brasileiros.

Para ajudar a construir a liderança do Brasil em agricultura tropical, a Empresa investiu sobretudo no treinamento de recursos humanos; possui hoje 8.320 empregados, dos quais 2.207 são pesquisadores - 27% com mestrado e 71,60% com doutorado. O orçamento da Empresa em 2007 ficou acima de R$ 1 bilhão.

Está sob a sua coordenação o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA, constituído por instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas e fundações, que, de forma cooperada, executam pesquisas nas diferentes áreas geográficas e campos do conhecimento científico.

Tecnologias geradas pelo SNPA mudaram a agricultura brasileira. Um conjunto de tecnologias para incorporação dos cerrados no sistema produtivo tornou a região responsável por mais de 40% da produção brasileira de grãos, uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo. A soja foi adaptada às condições brasileiras e hoje o País é o segundo produtor mundial. A oferta de carne bovina e suína foi multiplicada por 4 vezes enquanto que a de frango aumentou 18 vezes. A produção de leite aumentou de 7,9 bilhões em 1975 para 24,6 bilhões de litros, em 2005 e a produção brasileira de hortaliças, elevou-se de 9 milhões de toneladas, em uma área de 700 mil hectares, em 1980, para 17,4 milhões de toneladas, em 773,2 mil hectares, em 2005. Além disso, programas de pesquisa específicos conseguiram organizar tecnologias e sistemas de produção para aumentar a eficiência da agricultura familiar e incorporar pequenos produtores no agronegócio, garantindo melhoria na sua renda e bem-estar.
A revolução verde.
Graças à qualificação do homem do campo, à tecnologia e aos investimentos em infra-estrutura, o setor agropecuário brasileiro mantém produtividade que lhe permite ganhos quase constantes. Um desempenho que coloca o agronegócio em destaque na balança comercial brasileira, a despeito das barreiras comerciais e da política de subsídios adotadas pelos países mais desenvolvidos.

Em cinqüenta e cinco anos (1950 a 2005), a população brasileira aumentou de 51 milhões para cerca de 180 milhões de pessoas, mais de 2% ao ano. Para atender a esta demanda foi necessário o desenvolvimento ainda maior da atividade agropecuária. Desde então, assiste-se a uma verdadeira revolução verde que permitiu ao País criar e expandir um complexo setor de agronegócio.

Políticas consistentes

A valorização do produtor rural se dá no Plano Agrícola e Pecuário e com outro programa específico voltado à agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento de máquinas e culturas e promovem o uso de novas tecnologias, a exemplo do zoneamento agrícola. Na agricultura familiar, mais de 800 mil camponeses são atendidos com crédito, pesquisa e extensão. Uma inovação é a linha de crédito especial para mulheres e jovens produtores, incentivando-lhes o espírito empreendedor.

Já com o Programa de Reforma Agrária, o objetivo do País é o de dar condições de vida e trabalho a mais de um milhão de famílias que moram nas áreas repartidas pelo Estado, iniciativa capaz de gerar dois milhões de postos de trabalho. Por meio de convênio, políticas públicas e acordos internacionais, o governo atua para garantir infra-estrutura aos assentamentos, a exemplo de escolas e postos de saúde. O entendimento é que o acesso à terra é apenas o primeiro passo para uma reforma agrária de qualidade.

Área e produção

São mais de 60 milhões de hectares divididos em cerca de cinco mil propriedades rurais; área agrícola que tem, no momento, três fronteiras: o Centro-Oeste (cerrado), o Norte (área de transição) e áreas do Nordeste (semi-árido). A safra de grãos, acima de 110 milhões de toneladas/ano, tem na soja seu destaque, com 50 milhões de toneladas. Na bovinocultura, o “boi verde”, que é criado no pasto à base de capim e sal mineral, conquistou mercados na Ásia, Europa e Américas, em especial após o “mal da vaca louca”. O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 198 milhões de cabeças de boi, responsável por exportações que superam US$1 bilhão/ano.

Pioneiro e líder no processo de fabricação de celulose de madeira de fibra curta, o Brasil também se destaca no setor de embalagens, em que é o quinto maior produtor mundial. No mercado externo, detém 25% das exportações globais de açúcar bruto e refinado; é o maior exportador de soja e o responsável por 80% do suco de laranja do planeta e, desde 2003, tem o maior faturamento dentre os países que vendem carne bovina e de frango.

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