O Brasil possui o maior e mais diversificado sistema de ciência, tecnologia e inovação da América Latina; resultado do acúmulo de realizações ao longo dos últimos 50 anos, que incluem o domínio da prospecção de petróleo em águas profundas, a construção de aeronaves e os recordes de exportação do agronegócio.

Investe, ainda, nos programas Espacial e Nuclear, além de novas áreas da fronteira do conhecimento, como a nanociência, a nanotecnologia e a biotecnologia. Nas últimas décadas, o Brasil passou do 28º para o 17º lugar entre os países com produção científica relevante, graças a mais de 79 mil pesquisadores e bolsistas (2004), que atuam em universidades e em empresas privadas.

A consolidação e expansão do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação são estratégicas para o desenvolvimento soberano e sustentável do País. Trata-se, portanto, de uma política não apenas de Governo, mas de Estado. Atualmente, o Brasil investe no setor o equivalente a 1% do Produto Interno Bruto, devendo alcançar 2% até 2006, período em que estará formando 10 mil doutores por ano, contra os 8 mil formados em 2003. O Plano Plurianual do Governo Federal prevê investimentos de R$37,6 bilhões, de 2004 a 2007, percentual 54% maior que os R$24,4 bilhões empregados de 2000 a 2003.
Descoberto em 1500, somente em 1808, o Brasil obteve do governo colonial português alvará para instalar suas primeiras indústrias e manufaturas. Foi um longo percurso até chegar à posição de 10ª economia mundial. Se no início a pauta de exportação era dominada por bens primários e in natura, a exemplo de açúcar, borracha e ouro, atualmente, 74% da exportação são compostas por manufaturados e semimanufaturados.

Os sucessivos recordes de exportação obtidos pelas empresas brasileiras estão ajudando a mudar a cara do Brasil e a criar cada vez mais empregos, sobretudo no campo e no interior. Na última década, a produção nacional aumentou 32,3% e a agropecuária, que cresceu 47% ou 3,6% ao ano, foi o setor mais dinâmico – mesmo suportando crises internacionais que exigiram ajustes constantes da economia brasileira.

Eleição Digital

A urna eletrônica brasileira ou máquina de votar brasileira é um aparelho eletrônico responsável pelo armazenamento e voto nas eleições. Foi desenvolvida no Brasil nos anos 1990 e desde então diversos outros países vêm testando seu uso, alguns deles tendo-a adotado oficialmente.

Ainda no Brasil, 98,7% das declarações de renda são feitas online.
A criação de um modelo informatizado próprio e confiável também foi capaz de acabar com anos de filas e corridas a bancos para entregar os formulários de Imposto de Renda. Embora apenas 20% dos brasileiros tenham acesso direto à internet, os avanços no sistema garantiram que 98,7% de 23,2 milhões das declarações feitas em 2007 fossem enviadas pela rede. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos o índice das declarações via web não chegou a 54% no ano passado. Não é à toa que países interessados em ampliar a arrecadação, entre eles Cuba e Argentina, têm feito peregrinações ao prédio do Ministério da Fazenda, que abriga os técnicos da Receita Federal, em Brasília.

Os contrastes entre os dois Brasis não se limitam à esfera administrativa. A mesma lógica científica, ancorada em pesquisa e investimento em tecnologia, tem ajudado o país a conquistar títulos. Mais do que a ginga tupiniquim, o desenvolvimento de um método preciso e digital foi fundamental para que o país do futebol chegasse ao Olimpo também no vôlei, com a conquista dos principais títulos e uma invencibilidade que desafia adversários dos cinco continentes.

Tecnologia Brasileira de Etanol

Especialistas não têm dúvidas de que a produção de biodiesel no Brasil pode transformar-se em um dos melhores negócios do século XXI e levar o País a superar a dependência externa de diesel mineral, conciliando crescimento econômico com melhoria da qualidade ambiental e avanços sociais - os pilares do desenvolvimento sustentável. Plantios de palma, mamona, girassol e outras oleaginosas estão se espalhando pelas regiões brasileiras enquanto empresas investem na criação de usinas e pesquisadores intensificam os estudos de novas tecnologias produtivas.

Entusiasta no assunto, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Francelino Grando, disse não ter dúvidas de que o aumento da quantidade de projetos destinados à produção de biodiesel porá o Brasil em uma posição de destaque no cenário internacional. Com otimismo ele afirma que no futuro o combustível mais limpo levará o País a uma situação comparada à dos grandes produtores de petróleo do Oriente Médio.

- O biodiesel fará do Brasil a Arábia verde do século XXI - afirmou o secretário.

As boas condições de solo, clima, a abundância de terras para plantio, além da diversidade de oleaginosas brasileiras e a capacidade técnico-científica de pesquisadores já envolvidos com estudos de biodesel no Brasil são alguns fatores apontados pelo secretário como importantes diferenciais competitivos nacionais.

- Temos um programa em curso no Brasil (Programa Nacional de Biodiesel), há empresas plantando, usinas produzindo, além de projetos de colonização e reforma agrária que envolvem a produção de oleaginosas em todos os Estados. O biodiesel já é uma realidade no nosso País e não há dúvidas de que em médio e longo prazos será uma importante alternativa de mercado, comparada ao melhor negócio do mundo, que é a produção de petróleo - reforça o secretário.

Grando informou que estão em curso as definições sobre linhas de crédito especiais no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a produção de biocombustível e outras de financiamento de safra das oelaginosas nos bancos oficiais.

O secretário destacou que, por parte da iniciativa privada, vêm sendo buscadas alternativas de superação da falta de fornecedores de equipamentos para empresas dispostas a investir na produção de biodiesel. Os pioneiros do setor tiveram que importar maquinaria mas, segundo Grando, existem grupos empresariais no Brasil dispostos a dominar tecnologia para suprir essa lacuna no segmento de bens de capital.

- O Governo federal está incentivando projetos de assentamento e agricultura familiar e aposta no futuro do biodiesel por considerar que essa é uma excelente alternativa de inclusão social, aliada à melhoria das condições ambientais e à viabilidade econômica desse combustível - afirma o secretário. Ele acrescentou que outra estratégia governamental é de estimular o desenvolvimento tecnológico no setor por meio de novas pesquisas em universidades e centros de excelência nacionais.

No Transporte, o Brasil aprimora modelo multimodal e investe na ampliação e modernização de corredores que integram aeroportos, portos, ferrovias e hidrovias. Ao lado dos investimentos financeiros, organizam-se, ações de sustentabilidade para estas áreas, com estudo da influência das redes de transporte no ordenamento territorial e ambiental, visando à inclusão social. E, para ampliar o acesso da população e dos turistas ao interior do país, investe-se mais de R$1,3 bilhão em 66 aeroportos.

O Brasil tem possibilidade de superar a exclusão digital de larga faixa de sua população (cerca de 28 milhões de brasileiros têm acesso à internet, o maior índice da América Latina) devido a ampliação dos serviços de telefonia, em especial o serviço móvel pré-pago. Já o desenvolvimento de modelo próprio de televisão digital faz do mercado brasileiro um grande laboratório para o uso de tecnologias aplicadas.

Para promover o volume de investimentos necessários à recuperação e à expansão de sua infra-estrutura, o país alia rígida disciplina fiscal à eqüidade na divisão dos recursos públicos, administrando seus benefícios. Devido à premência da agenda social, a demanda por modernização é partilhada entre o Estado e o capital privado, em iniciativa conhecida como Parcerias Público-Privadas (PPP).

O método resulta em o governo oferecer portfólio de investimentos que serão realizados em associação com a iniciativa privada, conforme previsto no Plano Plurianual 2004/2007, planejamento de médio e longo prazo dos caminhos do Brasil.

BNDES

O BNDES ajuda promover o desenvolvimento do País, elevando a competitividade da economia brasileira, priorizando tanto a redução de desigualdades sociais e regionais, como a manutenção e geração de emprego.
Desde a sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem financiando os grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura tendo marcante posição no apoio aos investimentos na agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas, e aos investimentos sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa.

Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais.

O BNDES conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos e de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES".

O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável.

As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.

Rede Globo

Atualmente, a Rede Globo cobre 98,53% do território nacional, atingindo 5.482 municípios e 99,47% da população.

Cerca de 90% da programação é produção própria, o que torna a TV Globo a principal geradora de emprego para artistas, autores, jornalistas, produtores e técnicos. Esses profissionais produzem cerca de 2.500 horas anuais de novela e programas, recorde mundial de teledramaturgia, além das mais de 1.800 horas anuais de telejornalismo. Até 2006, a TV Globo exibiu 296 novelas e minisséries, assim como seriados – produtos aclamados pelo público que chamam a atenção pela sua qualidade.

A base do trabalho da TV Globo está expressa num conjunto de números impressionantes. Com a energia que consome, a emissora abasteceria uma cidade de 220 mil habitantes; se concentrasse num só lugar toda a área construída para sua operação no Rio e em São Paulo, ocuparia o equivalente a 44 campos de futebol. Exemplos de uma infra-estrutura que acompanha as dimensões da aposta da
TV Globo na qualidade de seu trabalho.

A empresa se espalha por 38 imóveis operacionais, no Rio, em São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasília. Nas cinco capitais, nada menos que 26 estúdios – dez deles na CGP/RJ – abrigam os programas da emissora. Em São Paulo, foi concluída a construção do edifício Jornalista Roberto Marinho no terreno da Sede, com 24.000 m² de área construída.

Somente no Rio e em São Paulo, a “metrópole” Globo consome 117.000 metros cúbicos d’água, volume suficiente para saciar quase 160 mil pessoas. O consumo mensal de energia chega a 5.400 kWh, que fariam reluzir à noite uma cidade como Angra dos Reis (RJ) ou São Caetano do Sul (SP). Por conta disso, a CGP já foi concebida com auto-suficiência na produção de energia.

Sua frota de 350 veículos – utilizada nas mais de 6 mil operações mensais das áreas de jornalismo, produção e transmissão – é monitorada por satélite. A segurança patrimonial, aliás, é prioridade, com sistema de controle informatizado, que vigia os principais endereços da empresa.

A logística é composta por 10 almoxarifados, com 23.800 itens em estoque e 18 mil equipamentos e acessórios armazenados (material de engenharia de televisão e cenografia). Ainda passam pelo sistema de armazenamento 36 mil itens de estoque e 150 mil equipamentos e acessórios mensais.

O arquivo de mídia é destaque nesse cenário. Responsável pela preservação do acervo da emissora, o prédio climatizado onde estão guardados os documentos eletrônicos tem dois robôs automáticos de 11 metros de altura e 40 metros de profundidade, e capacidade para abrigar 299 mil fitas. Por mês, pelo menos 70 mil delas entram e saem do arquivo. Ali, ainda é feita a reutilização de cerca de 60% das fitas, gerando economia de mais de R$ 5,6 milhões por ano.
A TV Globo está conectada por fibra ótica digital de alta velocidade para troca de matérias e interligação dos sistemas de informação, o que permite integrar o trabalho de jornalistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, intensificar a comunicação corporativa e melhorar a qualidade de transmissão dos programas produzidos em São Paulo.

O uso de satélite em larga escala garante a qualidade na distribuição pela via digital da programação para todo o Brasil, coberto por uma rede nacional e nove sub-redes regionais. Um par de canais de satélite está à disposição das equipes de jornalismo de São Paulo, Brasília, Nova York, 24 horas por dia, sete dias por semana.

HDTV - Em 1995, a TV Globo começou o aparelhamento para produção em HDTV (High Definition Television), também conhecida como a televisão de alta definição. Pioneira, a emissora transmitiu, em 1998, a Copa do Mundo, em HDTV, para uma platéia seleta em São Paulo, que assistiu ao vivo ao espetáculo. Atualmente, todas as novelas têm suas cenas de externas já captadas em HDTV.

Agência Espacial Brasileira

As mudanças ocorridas no cenário econômico internacional desde os anos 80, juntamente com as significativas transformações políticas resultantes do final da Guerra Fria levaram a uma revisão nos programas espaciais em todo o mundo. A reorientação tem sido em direção a empreendimentos menos dispendiosos capazes de produzir claros e rápidos retornos à sociedade. Sob este novo paradigma, as iniciativas de cooperação internacional, oferecendo a possibilidade de dividir custos entre os países, ganharam impulso. Um exemplo dessa cooperação entre países e implementação de projetos conjuntos é a Estação Espacial Internacional.

A política espacial brasileira encoraja a cooperação internacional em todos os níveis, como maneira de acelerar a aquisição de conhecimento científico e tecnológico, garantindo acesso a dados e tornando economicamente possível o desenvolvimento de projetos espaciais de interesse do País.


A cooperação internacional tem, assim, desempenhado papel chave na implementação e no planejamento das atividades espaciais brasileiras. A partir dos anos 60, quando o governo brasileiro iniciou a consolidação das estruturas institucionais na área espacial, vários países iniciaram uma parceria duradoura e frutífera com o Brasil.

A Agência Espacial Brasileira tem no setor internacional uma das áreas mais dinâmicas, havendo, desde a sua criação, firmado oito Acordos-quadro com países com os quais o relacionamento bilateral tem se revelado mais denso – Argentina, China, ESA, Estados Unidos, França, Índia, Rússia e Ucrânia.

Brasil

O Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território, ocupando quase a metade (47%) da área da América do Sul. O País possui 20% da biodiversidade mundial, sendo exemplo desta riqueza a Floresta Tropical Amazônica, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados. A organização político-administrativa compreende três poderes, o Judiciário, o Executivo e o Legislativo, e o princípio da autonomia entre União, Distrito Federal, 26 estados e 5.563 municípios (IBGE/2003).

Em quinto lugar entre os países mais populosos do mundo, com 50 milhões de famílias ou cerca de 180 milhões de brasileiros (2004), 81% dos habitantes ocupam áreas urbanas. A taxa de fecundidade, que chegou a 6,3 em 1960, é de 2,3 filhos por casal. Esta queda, associada à melhoria dos indicadores sociais e da qualidade de vida, fará com que a maioria da população tenha entre 15 e 44 anos nas próximas quatro décadas. Isso representará um dos maiores mercados de trabalho e de consumo dentre os países das Américas.

Economia diversificada

O País responde por três quintos da produção industrial da economia sul-americana e participa de diversos blocos econômicos como: o Mercosul, o G-22 e o Grupo de Cairns. Seu desenvolvimento científico e tecnológico, aliado a um parque industrial diversificado e dinâmico, atrai empreendimentos externos. Os investimentos diretos foram em média da ordem de US$ 20 bilhões/ano, contra US$ 2 bilhões/ano da década passada.

O Brasil comercia regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: União Européia (com 26% do saldo); EUA (24%); Mercosul e América Latina (21%); e Ásia (12%). Um setor dos mais dinâmicos nessa troca é o de agronegócio que mantém há duas décadas o Brasil entre os países com maior produtividade no campo.

Dono de sofisticação tecnológica, o País desenvolve de submarinos a aeronaves, e também está presente na pesquisa aeroespacial, possui Centro de Lançamento de Veículos Leves e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir as dez maiores empresas montadoras de automóvel em seu território.

CTA

Historicamente, os centros e unidades de pesquisas científicas e tecnológicas concentraram-se na região Sudeste do País. Alguns desses, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos (SP), são hoje instituições de referência mundial. Os centros de excelência continuarão a ser apoiados pelo Governo. Mas, ao mesmo tempo, estão sendo implantadas novas unidades de pesquisa, beneficiando outras regiões. São exemplos: o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada, no Rio Grande do Sul; o Centro Regional de Ciências Nucleares, em Pernambuco; o Instituto Nacional do Semi-Árido, na Paraíba; o Instituto Internacional de Neurociências, no Rio Grande do Norte, apoiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia; e o Centro de Biotecnologia do Amazônia, no Amazonas.

Em 19 estados, o Governo Federal, por meio de diversos mecanismos, estimula o desenvolvimento de processos inovadores e de agregação de valor à produção de pequenas empresas. Os Fundos Setoriais de C,T & I, um dos mais importantes instrumentos para implementação de suas políticas, destinam no mínimo 30% de seus recursos para o financiamento de projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

PAC

O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado em 28 de janeiro de 2007, é um programa do Governo Federal brasileiro que engloba um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os próximos quatro anos, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos totais de 503 bilhões de reais até 2010, sendo uma de suas prioridades a infra-estrutura, como portos e rodovias.

O programa PAC se compõe de cinco blocos. O principal bloco engloba as medidas de infra-estrutura, incluindo a infra-estrutura social, como habitação, saneamento e transportes de massa. Os demais blocos incluem: medidas para estimular crédito e financiamento, melhoria do marco regulatório na área ambiental, desoneração tributária e medidas fiscais de longo prazo. Essas ações deverão ser implementadas, gradativamente, ao longo do quatriênio 2007-2010. A meta é obter um crescimento do PIB de 5% ao ano. Isso deverá ser alcançado contornando-se os entraves para o desenvolvimento e com o resultado do papel "indutor" do setor público, já que cada R$ 1,00 investido pelo setor público gera R$ 1,50 em investimentos privados. Os investimentos de 503 bilhões de reais, até 2010, se constituem na espinha dorsal do programa de aceleração do crescimento econômico. Esse conjunto de projetos de infra-estrutura pública deverá ajudar a acelerar os investimentos privados.

Entre os investimentos anunciados estão incluídos: a soma dos investimentos públicos diretos (67,8 bilhões de reais em quatro anos), investimentos das estatais, financiamentos dos bancos oficiais e investimentos privados, para atingir o total previsto de 503,9 bilhões de reais no período do programa, entre 2007 e 2010. Foram selecionados mais de cem projetos de investimento prioritários em rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento, recursos hídricos.

Segundo o governo federal, haverá desoneração dos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos), matérias-primas para a construção civil, equipamentos de transmissão digital, semicondutores e computadores. Nos casos de investimentos em infra-estrutura (energia, portos, saneamento etc), haverá isenção do recolhimento do PIS/Cofins. Estima-se uma perda de arrecadação de 6,6 bilhões de reais em 2007. A mudança de data para recolhimento das contribuições ao INSS, que passará do dia 2 para o dia 10 de cada mês e do PIS]]/Cofins, do dia 15 para o dia 20, aumentarão o capital de giro das empresas.

Em 7 de maio de 2007 foi publicado pelo Comitê Gestor do PAC o Primeiro Balanço do PAC, referente ao período de janeiro a abril de 2007 , um estudo detalhado de seus projetos em andamento. Em 20 de setembro de 2007 o Comitê gestor apresentou o Segundo Balanço do PAC, notando que o programa ganhou velocidade e investimentos que já têm reflexos nas previsões do PIB, mas ainda é preciso acelerar a conversão de grande parte dos recursos ainda não gastos de 2007 em obras reais. Conforme o balanço, em abril o PAC tinha 1.646 ações registradas e passou para 2014 de maio a agosto. Em 31 de agosto, 60% dessas ações estavam no estágio de obra e 40%, na fase de licenciamento, licitação ou projeto, indicando que desempenho do PAC que apresentava andamento satisfatório foi de 94,1% do valor investido e de 90,3% em ações.

Sebrae

Sebrae : um agente do desenvolvimento

O Sebrae surgiu em 1972 para estimular o empreendedorismo e desenvolvimento do Brasil
Desde de 1972, o Sebrae, uma entidade privada e de interesse público, apóia a abertura e expansão dos pequenos negócios e transforma a vida de milhões de pessoas por meio do empreendedorismo. Estas são umas das razões pelas quais o Sebrae tem uma missão clara e focada no desenvolvimento do Brasil através da geração de emprego renda pela via do empreendedorismo.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. A instituição foi criada em 1972, como resultado de iniciativas pioneiras que tinham como foco estimular o empreendedorismo no país.

Os micro e pequenos negócios são essenciais para o desenvolvimento do Brasil, e é necessário que atuem em um ambiente institucional que estimule a criação de empresas formais, competitivas e sustentáveis. O Sebrae atua fortemente na busca desse ambiente, pois acredita que o desenvolvimento do país passa necessariamente pela geração de emprego e renda por meio do empreendedorismo.

No Brasil, de acordo com o IBGE, existem 14,8 milhões de micro e pequenas – 4,5 milhões formais e 10,3 milhões informais – que respondem por 28,7 milhões de empregos e por 99,23% dos negócios do país. O trabalho do Sebrae nesse segmento transforma a vida das pessoas e auxilia o desenvolvimento sustentável de diversas comunidades, de forma comprometida com a construção de um país melhor e de uma sociedade mais justa e equilibrada.


O Brasil possui uma economia sólida, construída nos últimos anos, após a crise de confiança que o país sofreu em 2002, a inflação é controlada, as exportações sobem e a economia cresce em ritmo moderado. Em 2007, o PIB brasileiro demonstrou um crescimento superior ao que se pensava, mostrando uma economia muito mais saudável e pronta para estrelar junto às outras economias BRICs. O Brasil é considerado uma das futuras potências do mundo junto à Rússia, Índia e China.

Desde a crise em 2002 os fundamentos macro-econômicos do país melhoraram. O real vem se valorizando fortemente frente ao dólar desde 2004, o risco país também vem renovando suas mínimas históricas desde o começo de 2007, e a Bovespa bate recordes de pontos a cada dia. Apesar de sua estabilidade macro-econômica que reduziu as taxas de inflação e de juros e aumentou a renda per capita, diferenças remanescem ainda entre a população urbana e rural, os estados do norte e do sul, os pobres e os ricos. Alguns dos desafios dos governos incluem a necessidade de promover melhor infra-estrutura, modernizar o sistema de impostos, as leis de trabalho e reduzir a desigualdade de renda.

A economia contém uma indústria e agricultura mista, que são cada vez mais dominadas pelo setor de serviços. As recentes administrações expandiram a competição em portos marítimos, estradas de ferro, em telecomunicações, em geração de eletricidade, em distribuição do gás natural e em aeroportos (embora a crise área tenha atormentado o país) com o alvo de promover o melhoramento da infra-estrutura. O Brasil começou à voltar-se para as exportações em 2004, e mesmo com um real valorizado atingiu em 2007 exportações de US$ 160,649 bilhões (+16,6%), importações de US$ 120,610 bilhões (+32%) e um saldo comercial de US$ 40,039 bilhões.

Petrobras

Em 2003, coincidindo com a comemoração dos seus 50 anos, a Petrobras dobrou a sua produção diária de óleo e gás natural ultrapassando a marca de 2 milhões de barris, no Brasil e no exterior.

No dia 21 de abril de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, que permitiu ao Brasil atingir auto-suficiência sustentável em petróleo.

Atualmente a Companhia mantém atividades operacionais ou escritórios em 27 países e no ranking mundial a Petrobras se tornou a 14ª empresa, entre todas as companhias de petróleo e a 7ª entre as de capital aberto.

Com tantas conquistas a Petrobras fecha o ano de 2006 integrando o Índice Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones Sustainability Indexes.

Em 2007 a Petrobras iniciou as obras do Centro de Integração do Comperj, em São Gonçalo. Devido aos seus aspectos tecnológicos, pioneiros em engenharia e da área petroquímica. O Comperj será um grande empreendimento também da área social, pois capacita e qualifica a mão-de-obra especializada.


O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo participou da cerimônia de batismo da plataforma P-54, a segunda unidade construída com os novos índices de nacionalização. Com conteúdo nacional de 62% a obra gerou 2,6 mil empregos diretos e 10mil indiretos.

O mês de setembro de 2007 é marcado por duas grandes conquistas, o início das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Recife e o batizado da Plataforma de Piranema, em Sergipe. A nova refinaria será a primeira a processar 100% de petróleo pesado, enquanto que a Plataforma de Piranema terá tecnologia pioneira no mundo, pois será a primeira unidade do tipo FPSO com casco redondo podendo operar em condições ambientais mais severas.

A explicação para o sucesso da Petrobras está na eficiência de suas unidades espalhadas por todo o Brasil: nas refinarias, áreas de exploração e de produção, dutos, terminais, gerências regionais e na sua grande frota petroleira.

Embrapa

A Embrapa atua por intermédio de 38 Unidades de Pesquisa, três Serviços e 13 Unidades Administrativas, estando presente em quase todos os Estados da Federação, nos mais diferentes biomas brasileiros.

Para ajudar a construir a liderança do Brasil em agricultura tropical, a Empresa investiu sobretudo no treinamento de recursos humanos; possui hoje 8.320 empregados, dos quais 2.207 são pesquisadores - 27% com mestrado e 71,60% com doutorado. O orçamento da Empresa em 2007 ficou acima de R$ 1 bilhão.

Está sob a sua coordenação o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA, constituído por instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas e fundações, que, de forma cooperada, executam pesquisas nas diferentes áreas geográficas e campos do conhecimento científico.

Tecnologias geradas pelo SNPA mudaram a agricultura brasileira. Um conjunto de tecnologias para incorporação dos cerrados no sistema produtivo tornou a região responsável por mais de 40% da produção brasileira de grãos, uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo. A soja foi adaptada às condições brasileiras e hoje o País é o segundo produtor mundial. A oferta de carne bovina e suína foi multiplicada por 4 vezes enquanto que a de frango aumentou 18 vezes. A produção de leite aumentou de 7,9 bilhões em 1975 para 24,6 bilhões de litros, em 2005 e a produção brasileira de hortaliças, elevou-se de 9 milhões de toneladas, em uma área de 700 mil hectares, em 1980, para 17,4 milhões de toneladas, em 773,2 mil hectares, em 2005. Além disso, programas de pesquisa específicos conseguiram organizar tecnologias e sistemas de produção para aumentar a eficiência da agricultura familiar e incorporar pequenos produtores no agronegócio, garantindo melhoria na sua renda e bem-estar.
A revolução verde.
Graças à qualificação do homem do campo, à tecnologia e aos investimentos em infra-estrutura, o setor agropecuário brasileiro mantém produtividade que lhe permite ganhos quase constantes. Um desempenho que coloca o agronegócio em destaque na balança comercial brasileira, a despeito das barreiras comerciais e da política de subsídios adotadas pelos países mais desenvolvidos.

Em cinqüenta e cinco anos (1950 a 2005), a população brasileira aumentou de 51 milhões para cerca de 180 milhões de pessoas, mais de 2% ao ano. Para atender a esta demanda foi necessário o desenvolvimento ainda maior da atividade agropecuária. Desde então, assiste-se a uma verdadeira revolução verde que permitiu ao País criar e expandir um complexo setor de agronegócio.

Políticas consistentes

A valorização do produtor rural se dá no Plano Agrícola e Pecuário e com outro programa específico voltado à agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento de máquinas e culturas e promovem o uso de novas tecnologias, a exemplo do zoneamento agrícola. Na agricultura familiar, mais de 800 mil camponeses são atendidos com crédito, pesquisa e extensão. Uma inovação é a linha de crédito especial para mulheres e jovens produtores, incentivando-lhes o espírito empreendedor.

Já com o Programa de Reforma Agrária, o objetivo do País é o de dar condições de vida e trabalho a mais de um milhão de famílias que moram nas áreas repartidas pelo Estado, iniciativa capaz de gerar dois milhões de postos de trabalho. Por meio de convênio, políticas públicas e acordos internacionais, o governo atua para garantir infra-estrutura aos assentamentos, a exemplo de escolas e postos de saúde. O entendimento é que o acesso à terra é apenas o primeiro passo para uma reforma agrária de qualidade.

Área e produção

São mais de 60 milhões de hectares divididos em cerca de cinco mil propriedades rurais; área agrícola que tem, no momento, três fronteiras: o Centro-Oeste (cerrado), o Norte (área de transição) e áreas do Nordeste (semi-árido). A safra de grãos, acima de 110 milhões de toneladas/ano, tem na soja seu destaque, com 50 milhões de toneladas. Na bovinocultura, o “boi verde”, que é criado no pasto à base de capim e sal mineral, conquistou mercados na Ásia, Europa e Américas, em especial após o “mal da vaca louca”. O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 198 milhões de cabeças de boi, responsável por exportações que superam US$1 bilhão/ano.

Pioneiro e líder no processo de fabricação de celulose de madeira de fibra curta, o Brasil também se destaca no setor de embalagens, em que é o quinto maior produtor mundial. No mercado externo, detém 25% das exportações globais de açúcar bruto e refinado; é o maior exportador de soja e o responsável por 80% do suco de laranja do planeta e, desde 2003, tem o maior faturamento dentre os países que vendem carne bovina e de frango.

Embraer Family

A Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, posição alcançada graças à busca permanente e determinada da plena satisfação de seus clientes.

Com mais de 38 anos de experiência em projeto, fabricação, comercialização e pós-venda, a Empresa já produziu cerca de 4.100 aviões, que hoje operam em 69 países, nos cinco continentes. A Embraer tem uma base global de clientes e importantes parceiros de renome mundial, o que resulta em uma significativa participação no mercado.

A Embraer foi a maior exportadora brasileira entre os anos de 1999 e 2001, e foi a segunda maior empresa exportadora nos anos de 2002, 2003 e 2004. Atualmente sua força de trabalho totaliza mais de 23.734 empregados, 88,2% baseados no Brasil e contribui para a geração de mais de 5.000 empregos indiretos.
A Embraer desempenha um papel estratégico no sistema de defesa brasileiro, tendo fornecido mais de 50% da frota da força aérea brasileira. Cerca de 20 forças aéreas no exterior também operam os produtos Embraer.

Uma linha de produtos de defesa baseados na plataforma do ERJ 145, tais como o EMB 145 AEW&C, para Alerta Aéreo Antecipado, o EMB 145 RS/AGS, para sensoreamento remoto e o P-99, para patrulhamento marítimo e guerra anti-submarino, apresentam excelente potencial de vendas no concorrido mercado de defesa internacional.

A Embraer já entregou à Força Aérea Brasileira (FAB), as oito aeronaves contratadas para o Sistema de Vigilância da Amazônia, SIVAM. São cinco aeronaves EMB 145 SA (AEW&C – Airborne Early Warning and Control ou Aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle) – e três EMB 145 RS – Remote Sensing (ou Sensoriamento Remoto). Para Força Aérea da Grécia foram entregues 4 aeronaves e 1 para a Força Aérea do México.

Outros produtos de sucesso destinados ao mercado incluem o Super Tucano, que em sua versão para a FAB, faz parte do Programa Sivam sendo vetorado pelos EMB 145 AEW&C. A FAB recebeu a primeira - das 76 aeronaves contratadas - em 18 de dezembro de 2003 e, até o 1º semestre de 2006 foram entregues mais de 30 aeronaves.

Forças Armadas do Brasil

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, lançou no Palácio do Planalto,o grupo de trabalho que irá elaborar o Plano Estratégico de Defesa Nacional e atualizar a Política de Defesa do país. O decreto de criação do grupo foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batizou o projeto do PAC da Defesa.
O grupo de trabalho será presidido pelo ministro da Defesa, coordenado pelo ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, Mangabeira Unger, e terá a participação efetiva dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Nelson Jobim afirmou que o ato de lançamento do Plano simboliza um divisor de águas na “incorporação republicana absoluta” das Forças Armadas brasileiras. “O plano tem a perspectiva da integração das Forças Armadas ao poder civil brasileiro”, frisou o ministro.

Jobim destacou ainda que o Plano irá inserir a questão da Defesa na agenda nacional. “Vamos fazer com que a questão da Defesa possa ser também algo da agenda nacional, imbricada com o desenvolvimento do país e com a possibilidade de termos o poder dissuasório que assegure as autonomias necessárias no mundo monopolar” , completou o ministro.

O ministro destacou que o Plano Estratégico de Defesa Nacional abrirá um grande debate sobre a inserção da Defesa na agenda nacional. Esse debate, segundo o ministro, será feito com a transparência necessária e com o compromisso de dar soluções para o setor.

Desenvolvimento Econômico e Tecnológico

O presidente da República destacou que contar com um plano estratégico de defesa, que considera os mais variados cenários futuros, é uma obrigação de todo país que tem responsabilidade com o seu próprio desenvolvimento e com sua inserção soberana no cenário internacional.

Para o presidente, um dos principais desafios para a elaboração da nova estratégia de Defesa será, justamente, o de aliar o desenvolvimento de nossas Forças Armadas ao desenvolvimento econômico e tecnológico do país. “A Defesa é uma área que, ao mesmo tempo, demanda e produz inovações tecnológicas nas mais diversas áreas do conhecimento técnico. O próprio parque industrial brasileiro é uma prova disso”, disse Lula.

O presidente disse ainda estar certo de que a reativação do parque industrial militar do Brasil e o incentivo aos centros de pesquisa do setor, assim como a formação de profissionais cada vez mais e melhor qualificados, serão a parte central da estratégia de defesa a ser formulada. “Eu acho que agora está na hora de construir o PAC das nossas Forças Armadas e o PAC da nossa Defesa. Eu acho que está na hora de a gente colocar a nossa inteligência, militar e civil, para pensar o que nós queremos ser enquanto Forças Armadas, enquanto nação soberana nos próximos 10 ou 15 anos”.

O ministro Mangabeira Unger declarou que o plano seguirá a orientação de organizar e equipar as Forças Armadas em torno de uma vanguarda tecnológica e operacional. Unger garantiu ainda que outra meta do grupo de trabalho é soerguer a indústria nacional de Defesa que, segundo ele, deixou de receber nas últimas décadas a devida atenção. “Não podemos tolerar o hiato de desproteção militar, mas o investimento em equipamento será sempre subordinado à preocupação maior em investir no desenvolvimento do nosso potencial tecnológico autônomo”.

O grupo terá até 07 de setembro de 2008 para apresentar o Plano Estratégico de Defesa Nacional.

Um dos principais pontos do futuro Plano Estratégico será orientar os gastos e as ações das Forças Armadas para substituírem fornecedores estrangeiros por uma estimulada indústria nacional de Defesa. O Governo promete focar em sua nova concepção de defesa total prioridade para os fornecedores nacionais.

O Ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, informou que o estímulo à indústria nacional de defesa fará parte da nova política industrial do Governo, citando o exemplo da atuação da Embraer no desenvolvimento do AMX. Ele anunciou a intenção de dar incentivo a fabricantes brasileiros de armamento, helicópteros, aviões, embarcações e radares.

Além da Embraer, única remanescente da indústria bélica brasileira em situação favorável, sobrevivem no País a Avibrás, sem condições de fabricar mísseis de precisão projetados na empresa, a Mectron, fabricante dos mísseis Piranha, a Imbel, fabricante de armas, e a Orbisat, fabricante de fechaduras e capacetes para empresas de segurança, apesar de ter projetos para fabricação de radares de baixa altura.

Além da indústria de Defesa, serão incentivados os setores automotivo, naval, eletroeletrônico, ferroviário e de equipamentos hospitalares. Entre as medidas estarão a redução de impostos e de tarifas de importação de máquinas e equipamentos.

Ayrton Senna do Brasil

Nascido na capital paulista, filho de um rico empresário brasileiro, logo interessou-se por automóveis. Incentivado pelo pai, um entusiasta das competições automobilísticas, ganhou o seu primeiro kart, feito pelo próprio pai (Sr. Milton), aos quatro anos de idade, e que tinha um motor de máquina de cortar relva. A habilidade do garoto na condução do novo brinquedo impressionou a família. Aos nove anos, já conduzia jipes pelas precárias estradas existentes no interior das propriedades do pai.

Começou a competir oficialmente nas provas de kart aos treze anos. Depois de terminar como segundo colocado em várias ocasiões, em 1977 ganhou o Campeonato Sulamericano de Kart.

Em 1981 começou a competir na Europa, ganhando o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600 e foi campeão europeu e britânico de Fórmula 2000 no ano seguinte. Nessa época adotou o nome de solteira da mãe, Senna, pois Silva é um nome bastante comum no Brasil.

Em 1983, Senna ganhou o campeonato inglês de Fórmula 3, depois de muita luta e, muitas vezes controversa, batalha com Martin Brundle. Também triunfou no prestigioso Grande Prêmio de Macau pela Teddy Yip's Theodore Racing Team, diretamente relacionado à equipe que o conduziu à F3 britânica.

Neste último campeonato, após várias vitórias em Silverstone, a imprensa inglesa especializada chegou a chamar o circuito de Silvastone em homenagem a Ayrton.

Fórmula 1
Senna atraiu a atenção de diversas equipes de Fórmula 1 como Williams, McLaren, Brabham e Toleman. Seu compatriota brasileiro, Nelson Piquet, se opôs à sua contratação pela Brabham e, das três remanescentes, apenas a pequena Toleman ofereceu a ele um carro para disputar o ano de 1984.

Senna era um grande piloto, especialmente nos treinos de qualificação, com o recorde de 65 poles em 161 corridas. Esse recorde permaneceu por 12 anos depois de sua morte, até que Michael Schumacher passou essa marca quando conquistou a pole no GP de San Marino de 2006, sua 236ª corrida.
Uma importante marca de Senna, que ainda não foi superada, é o número de vitórias no complicado circuito de rua de Mônaco, onde venceu por seis vezes, sendo cinco consecutivas: de 1989 a 1993.
Durante uma apresentação de uma turnê na Austrália, em 1993, a cantora Tina Turner chamou o piloto ao palco e disse que ele era "the best" (o melhor) e, então, Tina cantou a canção Simply the Best (Simplesmente o Melhor), referindo-se ao piloto, que declarou ser fã da cantora.
Na F1, a corrida sob chuva é considerada um grande equalizador de carros; isto é, o piloto é quem faz a diferença. A velocidade é reduzida e a eventual superioridade de potência também fica em segundo plano. A chuva exige grande esforço e habilidade do piloto em controlar o carro. Senna era, sem dúvida, o melhor de todos sob essas condições.

Uma de suas táticas era de, logo no início da chuva, não trocar os pneus pelos de chuva, — a época, chamados de pneu biscoito (com sulcos) — mas manter-se correndo com pneus slick (lisos). Com isso, apesar de ser muito mais difícil manter o carro na pista, freqüentemente Senna ganhava preciosos segundos à frente dos demais competidores, porque a maioria deles parava nos boxes para troca de pneus.

O GP de Mônaco de 1984 marcou a habilidade de Senna nas pistas molhadas.

Filial Brasileira do Google

Alexandre Hohagen, ex-HBO Brasil, será o diretor-geral das operadoras brasileiras do Google, gigante de buscas na internet. Segundo comunicado divulgado ontem, a principal missão do executivo será " iniciar as estratégias comerciais, apresentando aos profissionais de marketing e corporações instaladas no País as soluções de publicidade da empresa". Antes do Google e da HBO, Hohagen foi vice-presidente de Publicidade e E-Commerce do UOL.

O mercado brasileiro de internet tem atraído a atenção das líderes americanas este ano. Em junho, o Google iniciou suas operações locais, contratando Emerson Calegaretti como gerente-sênior de Vendas. No mês seguinte, adquiriu a Akwan, empresa de ferramentas de busca surgida na Universidade Federal de Minas Gerais. A Overture, do concorrente Yahoo!, comprou em abril a TeRespondo, que fornece links patrocinados (anúncios em formatos de texto) para os principais portais brasileiros.

Formado em jornalismo e publicidade, com pós-graduação pela Fundação Getúlio Vargas e MBA pela USP, Hohagen também trabalhou no ABN Amro, Boehringer Ingelheim e Dow Chemical.

Nos EUA, o Google anunciou a contratação de Vinton Cerf, um dos pais da rede mundial, para ajudar a empresa a se converter em uma plataforma para novos usos de internet. Durante a década de 70, na Universidade de Stanford, Cerf criou, ao lado de Robert Kahn, o protocolo TCP-IP, que tornou possível a comunicação entre computadores de arquiteturas totalmente diferentes.

Nos últimos dois anos, o número de funcionários do Google quase quadruplicou, chegando a 4,2 mil. A empresa tem buscado inteligência em companhias rivais, o que criou uma batalha legal com a Microsoft. Esta semana, as duas empresas foram aos tribunais depois de o executivo Kai Fu-Lee ter deixado o time de Bill Gates em julho, para comandar a criação de um centro de pesquisas para o Google na China.

O presidente do Google, Eric Schmidt, disse que poucas das contratações da empresa foram tão significativas quanto a de Cerf. "Ele é uma das pessoas vivas mais importantes hoje", afirmou Schmidt.

"O que fiz no passado não será importante para o Google", disse Cerf, formado em matemática por Stanford e doutor em Ciências da Computação pela UCLA. "O que será importante para o Google é o que estou fazendo hoje e o que farei amanhã." Cerf continuará como presidente do conselho da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann) - organização sem fins lucrativos que administra os endereços da internet - e como cientista visitante no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, onde participa de um projeto para encontrar uma maneira de se conectar à internet do espaço.

Antes do Google, Cerf passou 11 anos na operadora MCI, ultimamente como vice-presidente sênior de Estratégia Tecnológica. A MCI está sendo comprada pela Verizon por US$ 8,5 bilhões. Com 62 anos, o executivo acredita que não irá se sentir deslocado na cultura jovem do Google, cujos fundadores, Larry Page e Sergey Brin, têm 32 anos.

Brazilian Astronaut

A imagem do homem chegando à Lua com certeza passou a ocupar a mente de muitas pessoas. Tornar real este sonho, principalmente para os brasileiros, era considerado algo impossível. Deparamos agora com o grande desafio de se morar e trabalhar no espaço.
Aderir ao megaprojeto da Estação Espacial Internacional (ISS), representou também a inclusão de um brasileiro na turma de treinamento para astronautas da Nasa, a agência espacial americana, aproximando cada vez mais o sonho da realidade.
O Ten. Cel. Av. Marcos César Pontes foi selecionado em julho de 1998, pela Agência Espacial Brasileira (AEB), para participar do treinamento para astronauta da Nasa, realizado no Johnson Space Center (Houston/Texas). O curso teve início no mês de agosto de 1998 e Pontes integrou a classe XVII, com 32 candidatos, dos quais seis estrangeiros - um do Brasil, dois da Itália, um da Alemanha, um da França e um do Canadá.
Concluído o treinamento básico com sucesso em dezembro de 2000, Pontes recebeu o título de astronauta e passou a integrar a equipe de tripulantes da NASA. O processo de formação do astronauta para vôos espaciais consistiu, inicialmente, de um treinamento básico, com duração de dois anos, com ênfase nos sistemas do ônibus espacial e Estação Espacial Internacional. Seguiu-se a fase de treinamento avançado (manutenção operacional) que prossegue até o momento da escalação para o vôo e consiste de revisões operacionais e qualificações técnicas não constantes do treinamento básico. Após a escalação para o vôo espacial, o astronauta entrará na fase de treinamento especializado para as atividades da missão. Esta fase tem duração média de um ano.

Natural de Bauru (SP), Pontes é Mestre em Engenharia de Sistemas, graduado pela Naval Postgraduate School (Monterey, CA). Iniciou sua carreira profissional como eletricista da RFFSA aos 14 anos como aluno do SESI e do SENAI. Ingressou na Academia da Força Aérea em 1981, permanecendo nos Esquadrões de Caça até 1988 com a qualificação de instrutor e líder de esquadrilha. É engenheiro aeronáutico, formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Atuou como piloto de provas de aeronaves pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em várias campanhas de ensaios incluindo o primeiro míssil ar-ar brasileiro. Conta com mais de 1900 horas de vôo em 25 tipos de aeronaves, incluindo F-15, F-16, F-18 e MIG-29. Tem experiência de 16 anos na área de segurança de vôo, trabalhando em inúmeras campanhas de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, incluindo o ônibus espacial Columbia.

Bush in Brazil

Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Européia, os Estados Unidos da América, o Mercosul e a República Popular da China.

O Brasil é a 10° maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 7 maiores economias mundiais em critérios de "purchasing power parity". Em Outubro de 2007 foi divulgada uma pesquisa da ONU, em que mostra os melhores países para se investir do mundo. O Brasil ficou em 5º lugar, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Rússia.

O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de colônia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do país.

Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como jóias, aviões, automóveis e peças de vestuário.

Atualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 160,6 bilhões (em 2007) vendidos entre produtos e serviços a outros países.

Em 2004 o Brasil começou a crescer, acompanhando a economia mundial. O governo diz que isto se deve a política adotada pelo presidente Lula, grande parte da imprensa reclama das altas taxas de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu 5,7%, a industria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as expectativas.

O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países em desenvolvimento para negociar com os países ricos. O Brasil, assim como a Argentina e a Venezuela vêm mantendo o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos EUA. Existem também iniciativas de integração na América do Sul, cooperação na economia e nas áreas sociais.

A política externa brasileira busca contribuir para um mundo de paz e justiça, em que predominem as regras do direito internacional, se reduzam as disparidades econômicas e sociais entre as nações e dentro de cada país. Busca, também, um mundo sem hegemonias, multipolar, em que as normas e práticas globais favoreçam a superação dos desafios por meio do entendimento e da negociação.

A postulação do Brasil a tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas enquadra-se nessa visão, que pressupõe um Conselho adaptado à realidade atual, mais legítimo e representativo das aspirações da comunidade internacional.

Interessa ao Brasil a construção de uma comunidade sul-americana. A aliança estratégica com a Argentina, a determinação de fortalecer o Mercosul e de acelerar os acordos comerciais e de infra-estrutura constituem as bases da integração. O Mercosul deve consolidar-se como união aduaneira e transformar-se em espaço capaz de articular políticas agrícolas, industriais, sociais e de ciência e tecnologia.

Nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o Brasil tem-se posicionado de modo construtivo, em favor de uma conclusão pragmática, que preserve, acima de tudo, os instrumentos soberanos de política econômica e de desenvolvimento de cada país. Essas mesmas diretrizes pautam a atuação do Brasil nas negociações com a União Européia e no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Uma diplomacia para a humanidade

Paralelamente a seus tradicionais vínculos com os Estados Unidos e os países europeus, o Brasil tem procurado aproximar-se das grandes nações em desenvolvimento. Com a Índia e a África do Sul, criamos o Foro de Diálogo Trilateral (Ibas), que se tem voltado para projetos de cooperação e iniciativas globais. No âmbito da ONU, criou-se um Fundo Fiduciário do Ibas para o financiamento de projetos de cunho social em países em desenvolvimento.

Com a China, foi firmada uma série de acordos de grande importância comercial por ocasião da histórica visita do Presidente Lula em 2004. Com os países africanos, temos forjado novos laços de cooperação, inclusive em função de nossa condição de país com grande população de afrodescendentes. Com os países árabes tem havido também crescente aproximação, e, por iniciativa do Brasil, realizou-se no País uma pioneira Cúpula América do Sul-Países Árabes.